quinta-feira, 26 de março de 2009

A água


Poderia dizer que não escrevo por isto ou por aquilo.
Mas não o vou fazer pois o meu público não merece. Se fosse o público da Amy Winehouse, que lhe perdoa tudo, eu ainda arriscava, mas assim não.
Nem sempre apetece escrever, ou por outra às vezes a vontade de escrever por impulso é grande mas não aconselho a ninguém.
Aos assuntos mais corriqueiros como a crise, a taça da Liga ou o Papa já todos foram arrebanhar o seu quinhão.
Felizmente, sem o saberem, deixaram-me um assunto que me comove. A imagem de Zeinal Bava com um economista, cujo nome não consigo recordar, e duas garrafas de água VOSS. Nem sequer se trata daquelas águas com cristais que custam caro e até podem furar as tripas, mas também não eram águas de nascente «tout court».
Neste momento, o leitor que não se comove com tão pouco estará suspenso e ansiando pela explicação que sabe não tardará. E, é verdade.
Nos tempos que correm o ser humano tendo ouvido dizer que temos de mudar de paradigma anda de cabeça perdida sem saber como vai ser a sua vida futura. Sem poder emitir CO2 com fartura terá de repensar os seus sinais exteriores de riqueza. A água, que será um bem escasso no mundo dito civilizado - no outro já é, tornar-se-á uma fonte de conflitos. O meu receio é que se transforme num factor de distinção entre os homens. É por isso urgente que nos perguntemos para que