sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


Carnaval


A diversão barroca!


 

Barroca enquanto objecto natural, em bruto, matéria rudimentar não trabalhada. Não como o que é elaborado como aparecerá mais tarde no  vocabulário dos joalheiros. Não como a obra de joalharia mental.


Os dicionários teimam em aliar o termo ao que é bizarro, excêntrico ou até barato. 

À história do Barroco poderiamos acrescentar, como seu reflexo infalível, o da repressão moral: uma lei manifesta ou não, denuncia na prática do Barroco um desvio ou uma anomalia em relação a uma forma precedente, pura, equilibrada – a um classicismo. Só a partir de D’Ors o anátema se atenua: ou melhor dizendo, se dissimula.

Eugenio D’Ors refere-se ao Carnaval em contraponto à Quaresma. O Carnaval quase tão litúrgico quanto  a Quaresma que enquanto prepara a Sexta-Feira Santa expia a Terça Gorda.

Dirá  - que nojo um Carnaval perpétuo: Mas que sonso, um ano sem nenhuma forma de Carnaval!

Uma instituição Barroca que tal como as férias tem um valor de excepção. Encontram ambas nas leis rigidas, quer as do trabalho quer as sociais, a  sua legitimação.


Mas


- O Carnaval popular morreu. Podia ler-se no Diário de Notícias de sexta-feira, disse-o Moisés Espirito Santo que lamenta a morte de um Carnaval que “tinha vontade de libertação relativamente a preconceitos e a repressões do dia-a-dia.





sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Dia


klimt
Quem gosta de namorar terá sempre um dia de Fevereiro para o fazer.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Dia


Chagal

Maria José Nogueira Pinto num frente a frente com Bernardino Soares, ontem na Sic Notícias, reconheceu que há 6 anos, quando apresentou um proposta para as reformas, ficou espantada com o PCP que alertou sobre o perigo que podia existir com a eventual falência de seguradoras. Nesse tempo acreditava na solidez de instituições que, agora, se vão desmoronando.

Reconheceu um erro, o que no panorama nacional é quase inédito. Obama fê-lo, mas em Portugal não é hábito. O erro de Maria José Ngueira Pinto revela talvez alguma ingenuidade e é preciso coragem para se reconhecer como tal.

Maria José Maria José Nogueira Pinto teve algumas responsabilidades políticas e não é importante discutir agora se as desempenhou bem ou mal. O seu nome serve apenas de pretexto.

O que interessa é perceber o que está na origem dos erros que os politicos cometem. Um trabalho árduo, pois não tem conta o rol das asneiras.

Os melhores erros são os de ingenuidade. Os piores talvez sejam os mal intencionados, os propositados, os de desleixo.
E, os de ignorância ? Será lícito puni-los?
Será lícito condenar alguém que não sabe o que está a fazer?
Será lícito punir alguém que não sabe o que tem de fazer?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Dia


H. Bosh
A crónica que o Dr. Mário Soares escreve hoje no Diário de Notícias, se não tiver utilidade de carácter político tem pelo menos o mérito de nos obrigar a ir à janela gritar a bem alto. Um grito forte que nos aliviará os pulmões e sobretudo a alma que está negra por ter de assistir impotente à impunidade que vai pelo mundo endinheirado.
Obama constata agora que o dinheiro do Plano Paulson foi para os executivos dos grandes bancos repartirem entre si. E na Europa e em Portugal? Virá alguém explicar?