segunda-feira, 27 de julho de 2009

As férias dos sem-terra

















Deve ser muito aborrecido ter de trabalhar para as férias dos outros, mas não há remédio, é uma das muitas profissões existentes.


Aborrecido, triste mesmo, é trabalhar sem ter no horizonte uns dias de férias. Não poder ter um «lugarinho» no pensamento para sonhar com uma praia de límpida água azul ou uma casa com caramanchão ramoso como as que aparecem nas fotografias coloridas das revistas da especialidade. E, é este ir pensando que é tão benéfico para a alma.


Para além de tudo o mais, as férias são para arrecadar a energia que nos fará falta nos meses frios tal como o tempo das colheitas serve para guardar alimentos para o Inverno. As férias são uma graça para os sem-terra das cidades.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Oeste Nada de Novo

Oh quanto tempo! É verdade, mas a falta de tempo aliada à falta de imaginação é no que dá. No entretanto pouco aconteceu que justificasse uma corrida ao teclado. Talvez as mini-férias do 10 de Junho, ou a má sorte eleitoral de Sócrates justificassem um escrito, mas como o tempo esteve de feição para a praia e o resultado eleitoral era esperado nem isso foi motivo.

O Verão faz destas coisas; amorna a gente que fica na cidade e são poucas as notícias que parecem ter qualquer coisa de diferente como a da «provocação» ao encenador Ricardo Pais no Festival ao Largo, que Diogo Dória, Miguel Guilherme, Rita Blanco e Nuno Artur Silva resolveram fazer e assumir.

Um novo «Manifesto Anti-Dantas» quase cem anos depois cujo mérito é de permitir a quem passa poder assistir ao tratamento que é dado ao assunto.

Diogo Infante «não exerceu qualquer acto de censura para com uma decisão que era artística», fez bem mas pareceu pouco confortável. Os responsáveis pelo Festival pareceram-me estar chocados e receosos. Provavelmente os manifestos estão em desuso assim como tudo o que agite o nosso meio.