quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mudanças

As mudanças nos Governos têm destas coisas. Cada ministro terá uma ideia para a pasta que vai ocupar. Até se compreende e só perturbará as pessoas mais sensíveis às alterações de rotinas. Fica, no entanto, a dúvida de como alguns sectores da Administração resistirão às mudanças mais bruscas.

Dalila Rodrigues foi afastada por «entre outras coisas» querer um museu menos dependente. Paulo Henriques, ao que consta, foi nomeado para travar um pouco essa tendência e agora será substituído por um perfil mais vocacionado para a gestão.

E o museu, e os poucos funcionários e a falta de dinheiro, e os serviços da Administração, resistirão a tanto?

Estará a solução em transformar o património em «bijou» de mecenas ou em loja de venda de «marchandising»? Meias dúzia de anos serão suficientes para aferir resultados?

Os problemas da Administração não acabarão com a tentativa de solucionar problemas visíveis. Há um iceberg, grande, caro, preguiçoso, sem ideias e que se esconde. Tem por lema «Quem não aparece, esquece».