sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


Carnaval


A diversão barroca!


 

Barroca enquanto objecto natural, em bruto, matéria rudimentar não trabalhada. Não como o que é elaborado como aparecerá mais tarde no  vocabulário dos joalheiros. Não como a obra de joalharia mental.


Os dicionários teimam em aliar o termo ao que é bizarro, excêntrico ou até barato. 

À história do Barroco poderiamos acrescentar, como seu reflexo infalível, o da repressão moral: uma lei manifesta ou não, denuncia na prática do Barroco um desvio ou uma anomalia em relação a uma forma precedente, pura, equilibrada – a um classicismo. Só a partir de D’Ors o anátema se atenua: ou melhor dizendo, se dissimula.

Eugenio D’Ors refere-se ao Carnaval em contraponto à Quaresma. O Carnaval quase tão litúrgico quanto  a Quaresma que enquanto prepara a Sexta-Feira Santa expia a Terça Gorda.

Dirá  - que nojo um Carnaval perpétuo: Mas que sonso, um ano sem nenhuma forma de Carnaval!

Uma instituição Barroca que tal como as férias tem um valor de excepção. Encontram ambas nas leis rigidas, quer as do trabalho quer as sociais, a  sua legitimação.


Mas


- O Carnaval popular morreu. Podia ler-se no Diário de Notícias de sexta-feira, disse-o Moisés Espirito Santo que lamenta a morte de um Carnaval que “tinha vontade de libertação relativamente a preconceitos e a repressões do dia-a-dia.