
domingo, 30 de novembro de 2008
sábado, 29 de novembro de 2008
O Dia

um prato calórico e bem quentinho.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
O Dia

O medo vai afastar os turistas de locais considerados perigosos.
O medo não é bom conselheiro.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
O Dia

quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O Dia

Há quem diga que lideres com determinadas características secam os partidos. São como os eucaliptos, digo eu. Aconteceu no PSD, desde que o Profº Cavaco Silva se foi embora têm tido dificuldade em encontrar um líder eucalipto. Será que o partido socialista virá a sofrer deste mal?
O Dia
A drª Manuela Ferreira Leite a propósito de uma qualquer suposição lembrou-se de suspender a democracia durante 6 meses. Nada mau, se fosse durante um ano era pior. Mas ainda assim esta senhora está a desperdiçar um capital de credibilidade acumulado ao longo de uma vida. Em época de contenção não parece sensato.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
O Dia

O Dia

Há muito tempo que a política nacional não oferece polémicas interessantes. Não vamos além de umas dúvidas acerca de negócios menos claros, o que também não dá azo a grandes elucubrações retóricas. Agora, para animar um pouco, o ministro da cultura vem dizer que por causa dos antecessores o seu Ministério não tem credibilidade.
Isabel Pires de Lima, senhora conhecedora da obra de Eça de Queiroz, fazendo jus ao autor sempre crítico da política doméstica responde, com grande sentido de oportunidade: «Este ministro mostra não ter noção de como se orçamenta, cativa e executa na Administração Pública. Mas a pouca verba que recebeu não deve afligi-lo. Prometeu fazer mais com menos, o ministro das Finanças fez-lhe a vontade.»
domingo, 16 de novembro de 2008
Pequenos Consertos - saia preta

O vestido do baptizado da minha afilhada, que já tem 12 anos, não me servia.
Esteve guardado no armário este tempo todo porque era de jersey, de uma qualquer marca italiana e comprado na Fashion Clinic.
Resolvi cortá-lo para fazer uma saia. Utilizei o tecido das mangas para fazer o acrescento lateral. Talvez resulte, vamos ver.
sábado, 15 de novembro de 2008
O Dia

Em três tempos Paulson altera o plano. Os primeiros milhões de milhões foram gastos a comprar activos tóxicos, mas os restantes serão para apoiar o crédito ao consumo.
Esta alteração revela grande falta de norte para encontrar uma solução para salvar as marionetas.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Economia Doméstica

Nos tempos que correm é preciso poupar. Esta receita permite fazer uma refeição bonita e saborosa. Os meus meninos gostaram.
Bastou uma embalagem de massa folhada e uma embalagem de fiambre (ambos em promoção) para fazer um jantar económico.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
O Dia

O Dia

terça-feira, 11 de novembro de 2008
O Dia

Goncourt
A preguiça é uma coisa terrível! Mas estão cheios de sorte, hoje acordei com vontade de fazer um horário (daqueles que se fazem quando começam as aulas) com tudo o que pretendo fazer até final de Junho.
1ª medida – alteração de formato do blogue: diário
E o dia de hoje começa com uma nota sobre o de ontem.
O Le Figaro destacava o vencedor do prémio Goncourt - Atiq Rahimi.
Confesso que sou uma besta, o nome é-me completamente desconhecido.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Pequenos Consertos - Casaco verde

O blazer verde-claro (mais aguado, talvez, azulado, acinzentado, não sei) já estava mais do que estafado, mas como tem uma cor gira comecei a epopeia de voltá-lo do avesso. Foi um trabalho difícil, andei arrastada durante duas semanas a descolar vieseline que deve ser o mesmo que entretela, um tecido branco bem coladinho, bem agarradinho que é preciso descolar milímetro a milímetro com os dedinhos. - Mas pronto, já está!
Agora, é tudo mais fácil é só voltar a colar a tela no lado do avesso e coser as costurinhas, depois serão batidas (muito bem batidas) com o ferro de engomar.
Mas o pior vai ser remontar a gola. Estava gasta, puída, coçada, lavei-a , mas pouco ganhei com o trabalho. Andei dois ou três dias sem encontrar solução para o assunto, mas de repente fez-se luz, como se costuma dizer, e lembrei-me que podia cortar tecido do lado interior das bandas. Cortei, mas ainda foi necessária alguma ginástica para que as inevitáveis costuras não aparecessem mesmo ali à frente.
Quando foi preciso montar a gola desesperei. Não gosto de desistir e deixar qualquer projecto a meio, mas desta vez estava a ver que não tinha outro remédio. Este pequeno conserto estava a transformar-se num grande, enorme, monstruoso conserto.
Valeu-me um dos muitos blogues que se dedicam também a estes trabalhos.
O primeiro que descobri foi traposetrapalhadas.blogspot.com/ com produção farta que abrandou agora com o nascimento da Mariana - que está linda!
Couture et tricot tanysewsandknits.blogspot.com/levou-me até para Paco Peralta pacoperaltarovira.blogspot.com/e foi ele que me valeu com as fotografias e as indicações preciosas dos passos a seguir.
Já tenho solução para tapar as casas que ficarão, inevitavelmente, do lado contrário. De caminho tapo também as algibeiras. Como o blazer vai ficar mais curto, acho que é melhor ficar sem algibeiras.
sábado, 25 de outubro de 2008
A Semana

Já tenho alguma idade (não tanta como a Anita - a dos livros, mas quase a da Barbie - a boneca que dispensa apresentações), mesmo assim ainda algumas coisas me são difíceis de entender. Custa-me entender o facto dos economistas analisarem a sociedade, e o modo como nela nos organizamos para sobreviver, com se estivessem a tratar, com muito cuidado, do seu número de prestidigitação, no circo em que se está a transformar a vida no globo terrestre. Não sei, também, se nestas andanças se socorrem da ajuda de gestores, aquelas personagens que se esquecem sempre que para que o espectáculo circense se transforme num sucesso precisa de pessoas, espectadores, portanto.
Quando revelo a minha dificuldade em entender uma sociedade onde as pessoas podem ter «tudo» mas em contrapartida tem de estar reféns dos banqueiros, acusam-me de ser uma espécie de "botas". Talvez a minha aurea mediocritas seja salazarista, mas mas não acredito que se respire livremente quando se está amarrado ao crédito.
Ainda assim, na cena nacional há um ou outro economista que me agrada ouvir. Entre eles e um dos meus preferido:Silva Lopes.
Este economista, para quem o endividamente das famílias é um problema, defende a poupança obrigatória, que seria realizada através de uma combinação com a SegurançaSocial.
Silva Lopes diz ainda ao Expresso que a crise - «Vai ser pior, a não ser que por milagre nos continuem a emprestar muito dinheiro...
Poupar não é fácil, principalmente num país que está habituado há vários anos a viver acima das suas possibilidades. Significa consumir menos e isso implica ir menos ao restaurante, ao cabeleireiro e menos a essas coisas todas e isso vai causar desemprego. É um diabo de um problema.»
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A Semana

Quando entro no teatro S. Carlos constato que pertenço a uma minoria de portugueses que pode usufruir de toda aquela beleza. Poder estar sentada num camarote, ver e ouvir Siegrfied é um privilégio.
Jorge Calado na crítica que fez no Actual agradece a Pinamonte. Eu também, mas não posso esquecer de agradecer ao Estado português, logo aos portugueses.
Nunca fui a Bayreuth nem a Salzburg. Também nunca entrei na ópera de Paris nem no Alla Scala. Gostaria de ir um dia, quem sabe.
Falhei por pouco a Flauta Mágica no Met de Nova Iorque. Gosto da programação, o desfilar de todos os nomes que gostaria de ver. Agradou-me toda a azáfama de velhinhas que à 1 da tarde saem de táxis para ir a assistir a muito do que por ali acontece. Divirto-me a ver a programação de cada ano.
Aniversário
Fazer anos e ter prendas de que se gosta muito. É bom e é um privilégio.
Um dia de férias
Andar de manhã pela baixa de Lisboa, como se fosse turista. É bom e também é um privilégio.
Tudo
Não estar doente e poder apreciar cada pedacinho de tudo. É bom e é um privilégio.
Crise
Parecia que tinha acabado. Andava toda a gente contentinha a pensar ir pedir mais crédito. Afinal não acabou. Afinal não sabem se acabou.
Tudo ou nada
O que é assim de repente pode ser o contrário.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A Semana

Ela canta, pobre ceifeira Ouvi-la alegra e entristece, Ah, canta, canta sem razão ! Ah, poder ser tu, sendo eu ! A ciência Pesa tanto e a vida é tão breve ! Entrai por mim dentro ! Tornai Minha alma a vossa sombra leve ! Fernando Pessoa Inquietante. No mínimo é o que se pode dizer sobre a semana que acaba. Estará o mundo desgovernado? Quem não gostaria, agora, de ser como a pobre ceifeira que canta. Dinis Machado Há trinta anos, O Que Diz Molero era motivo de conversa em todas as tertúlias de café. Lá de casa já desapareceu essa edição e a mais recente, também, anda desaparecida. «O caso do livro desaparecido» um nome possível para um policial que McShade poderia ter escrito. Nunca se recupera um livro emprestado e nos casos em que isso acontece é sempre pela mão de pessoas que já não se usam, as do seu a seu dono. Nobel Jean-Marie Gustave Le Clézio ganhou o prémio. Nunca li nada que tivesse escrito. Não é por não gostar da obra é por não a conhecer. Vou ler, mas primeiro tenho de ler os livros de Doris Lessing , que ganhou o prémio o ano passado ou no outro já nem sei pois também não li o Pamuk.A propósito do prémio passiei pelos blogues e constatei que ainda não li La Possibilité d’Une Île de Michel Houellebecq. Quando foi publicado todos diziam que era do melhor que tinha sido escrito. Na ânsia de ler e como não havia tradução comprei a edição francesa. Até hoje.
Hoje estou azeda E porque? Não li os livros que gostava de ter lido. Tenho sempre pouco tempo. O tempo esboroa-se-me por entre os dedos. Tenho de encontrar maneira de alterar este meu pendor para perder tempo. Esta porcaria cola-se à pele como doença contagiosa. No final de um dia de trabalho, ainda assim são 7 horas, saio com a certeza de ter perdido tempo precioso. Quem sabe se sentiria o mesmo se estivesse as mesmas horas a semear batatas, a sachar ou a varejar . Como se tudo isto não fosse um problema, um problema dos grandes, entramos agora numa nova era. Um tempo em que deveríamos estar unidos. Mas ao invés, estamos, muito de nós, convencidos que é possível sobreviver sem os outros, fechados sobre nós e os nossos. AIG de férias A AIG só não faliu porque o Estado lhe deitou a mão. Salvaram-se de boa os americanos que têm lá a reforma. Agora, que tudo está resolvido, os responsáveis pela empresa e pelo prejuízo foram de férias. É o repouso do guerreiro. Mas ainda há quem se indigne. |
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
A Semana


Pouco tempo depois de ter ido para a escola li O Aprendiz de Feiticeiro, uma edição Romano Torres de 1946.
A leitura decorreu normalmente, se não levarmos em conta alguns tropeços naturais de quem ainda mal sabe ler. A certa altura a história tornou-se menos interessante, aborrecida, pode dizer-se. Os meus poucos anos e muita inocência deram-se mal com o desenlace da acção. Como é que o aprendiz de feiticeiro, o jovem Sig, na posse de poderes fantásticos, deita tudo a perder no final?
Uma lição, sem dúvida. Por isso, não me espanta a trapalhada a que assistimos agora. Os CEO, anglo-saxónicos, os PDG, francófonos, e todos os que têm responsabilidade mais parecem o jovem Sig. Os banqueiros, tal como o pai de Sig, encomendaram-se a estes homens com o intuito de ver multiplicado, por muito mais, o seu dinheiro. Conseguiram, conseguem sempre. A crise já chegou à Suécia , mas, ao que se sabe, ainda não chegou à Suiça.
Há mais vida para além da crise?
Talvez haja. Como sempre há muita coisa interessante a acontecer nos quatro cantos do mundo. Mas o que mais tem interessado é, sem dúvida alguma, a crise, o crash, o cash, sobretudo o cash.
Cash flow, rate, liquidity, produtos tóxicos, taxa euribor, libor, crise estrutural, rate, liquidity, são também palavras que não saem da boca de todos. Se há mais vida nem se dá por ela.
Faço votos para que os americanos se salvem nem que para isso precisem do Plano Paulson.
«Vale Tudo»
Lamentável, Vale e Azevedo está, neste momento, a viver num luxuoso hotel em Londres. E porquê? Pois bem; Vale e Azevedo arrendou uma casa cara, mas sem condições. Ao fim de 12 meses ou porque o senhorio tivesse reclamado o pagamento ou por qualquer outra razão que não vem ao caso, Vale e Azevedo instalou-se no hotel enquanto não se muda para a nova casa que comprou.
Vale e Azevedo conhecedor das leis não pagou a renda e creio que não terá, também, de pagar o hotel e acredito que será indemnizado pelo transtorno.
Os ingleses que se cuidem pois este nosso conterrâneo já não tem muito a ver com os emigrantes que exportamos há uns anos.
Casas da Câmara
Durante a semana este assunto foi ganhando forma e poderá tomar proporções difíceis de controlar. Quando digo controlar estou a pensar em calar, esconder, não referir, evitar etc.
Não me espanta que haja tanta gente de bem com casa da Câmara. Se as casas fossem no bairro da Curraleira ou no da Fonte ficaria espantada, mas como são em zonas nobres não me espanto.
O que me espanta é a Câmara de Lisboa não saber a extensão do seu património. Com tanto funcionário bastaria papel e lápis para dar conta do recado.
Joana Amaral Dias
A Joaninha, como lhe chama o João Gonçalves do Portugal dos Pequeninos, é de facto uma criatura enervante. Tenho pena dos desgraçados que têm de participar no debate com ela. Apre!
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A semana

Quem tramou os americanos? Bin Laden ou a Administração Bush?
Os americanos têm uma estranha forma de votar, mas vão ter de escolher. Provavelmente será McCain o escolhido. Obama, acusado de inexperiência, ver-se-á grego para desatar o nó que prende os EUA.
Entretanto a crise alastra e devorará tudo o que encontrar pelo caminho.
Satã do trigo
A produção de trigo no Irão não foi suficiente. Faltam algumas toneladas que poderiam ter sido compradas na Europa ou noutro lado qualquer. Mas foi nos Estados Unidos, o Grande Satã, que os iranianos resolveram acabar de encher o celeiro. E não é que o GS vendeu?
Marta Rebelo e a crise
Sarkozy, Zapatero, Bush têm no governo mulheres dinâmicas e bonitas. Algumas chegaram por gosto e outras pela quota.
Condoleezza Rice, elegante e credível, avança para os diálogos mais difíceis. Rachida Dati é a ministra de quem se fala. Carme Chacon a que fez primeiras páginas de jornais.
Nós, nem por isso. Temos uma ministra da Educação com ar arrumadinho e simpático, mas parece que ninguém gosta. As outras passam sem fazer história.
No Parlamento, agora que a Drª Odete Santos já se reformou, restam meia dúzia de mulheres sem chama. A gravidez arredondou e apagou um pouco Ana Drago. Joana Amaral Dias não tem aparecido, felizmente. A Drª Manuela Ferreira Leite é como é e ninguém tem nada a ver com isso.
Se não fosse a crise teria sido boa altura para Marta Rebelo fazer uma reentrada no Parlamento e começarmos uma época de charme na política. E quem sabe, no Governo.
Praxes
Quando era estudante não havia praxes. Os gajos simpáticos do Maio de 68 tinham acabado com elas. Pela década de 90, mais ou menos como um surto de crise, surgiu de novo esta mania.
Alunos, que em pleno verão se abafam dentro de fatos negros ficando rubicundos, mais parecendo lavradores de província. Alunas, que enchem as ruas de «alegria» levando atrás um séquito de patéticas caloiras, mais parecendo freiras de convento.
Eu podia ficar calada, mas não resisto e digo-lhes que sou adepta do M.A.T.A. , movimento que elas não conhecem e que eu não sei se alguma vez existiu. Não resisto, também, a dizer-lhes que não faria aquela figura de idiota. Elas abespinham-se porque gostam da liturgia. Daqui a uns anos vão despir o traje académico e vestir o vestidinho de noiva. Serão felizes para sempre, mas a humanidade não ganhará nada com isso.
Magalhães
Pouco sei sobre o computador giro que o nosso Primeiro Ministro entregou nalgumas escolas.
Algumas pessoas que conheço (e que não gostam do Sr. Primeiro Ministro nem do Governo dele) estão enternecidas com o gesto. Os pimpolhos estão desertos para (de rédea solta) irem ver o site da Barbie ou do Homem Aranha. Se for só isso não acho que tenha sido boa ideia andar aquela gente ajoujada a entregar Magalhães, que sempre pesam.
O francês tal qual se fala - método inventado há muitos anos pela minha colega ....
Na NS do Diário de Notícias, o Dr. Mega Ferreira escreveu uma crónica sobre um gaiato que falava francês tal como escrevia. Uma tragédia. Indignou a avó e escandalizou mais uns quantos. A Presidente da Associação Portuguesa de professores de Francês, usando do direito de resposta, veio logo na semana seguinte defender a honra dos professores.
A propósito de tudo isto lembrei-me dos meus tempos de liceu e de uma colega com pouco jeito para falar francês. Para fugir da raposa e não aturar o pai, que era maçador, criou um método fantástico. Pronunciava as palavras tal como as escrevia. Os resultados apareceram em três tempos. Belíssimas notas nos testes e nos ditados. O pior era, de facto, a aula de leitura. Aí ficava tudo virado do avesso. A professora, daquelas antigas, de óculos, magrinhas, muito direitas, muito exigentes, muito professoras, aguentava o embate como se nada fosse. Nós, asfixiávamos, mordíamos a bata, corávamos e os olhos enchiam-se de lágrimas. Não fosse a professora tão exigente e acabaríamos aos saltos ou a rebolar no chão tal era a vontade de rir.
sábado, 20 de setembro de 2008
A semana

A crise
Mais uma semana que não acabou bem.
Um dos maiores bancos americanos faliu. Com mais de 158 anos não conseguiu evitar a novidade da falência.
Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo, mas neste caso só a AIG se salvou.
Em Julho, a revista Prospect publicou um artigo «How to stop the next bubble» e aí George Soros, Anatole Kaletsky, Martin Wolf, John Gieve, uns mais pessimistas do que outros, deram a sua opinião sobre o que nos está a acontecer. Sim a nós, vulgarmente denominados Pkaninos.
Teremos de aguardar mais uns tempitos para saber quais os efeitos reais (colaterais, como gostam de dizer os economistas) na economia.
Um susto, alinho pelos pessimistas.
A Bimby
Cá por casa a turbulência, felizmente, foi causada pela Bimby - a máquina que um familiar chegado me ofereceu e que diz ser milagrosa. Por enquanto, ainda não deu para ver. Muito botão, muita velocidade. No entanto, constatei já que se suja menos louça.
Das bebidas e entradas à sobremesa tudo é feito no mesmo recipiente. No fim, fica para lavar apenas um simples copo de metal. Bom, einh?
O casamento dos homossexuais
Com tudo isto mal tive tempo para me informar acerca da política nacional. Mesmo assim ainda reparei nas questões que andam a ser tratadas na Assembleia. Questões importantes, mas muito em conta.
Quanto ao casamento dos homossexuais. Façam favor, não tenho nada contra, não sou pessoa de me meter na vida de cada um.
Ajuda do Estado aos bêbados e aos fumadores
Este assunto deixa-me dividida. Compreendo os alcoólicos. O vinho relaxa os músculos e a alma, o que não deixa de ser agradável, mas torna a fuga mais difícil.
- Avancem com o subsídio!
Quanto aos fumadores e à la Chaves O Malcriadão - vão para o raio que os parta.
Eu deixei de fumar e não andei a moer os outros contribuintes.
Palin e o pacto para engravidar
A filha de Sara Palin está grávida. Se isto deixa os miúdos felizes. Why not? Estas coisas só não estão ao alcance dos casais homossexuais.
Dir-me-ão, mas a mãe é contra o aborto e pela abstinência. Tudo bem. Têm razão.
E a filha, também é? Se for é lá com eles. Entendam-se, resolvam o problema, se for problema, não chateiem.
A mim preocupa-me mais o que está a acontecer num liceu do Massachussetts. Algumas raparigas, 18 concretamente, fizeram um pacto e engravidaram.
Esta atitude das meninas é estranha e preocupante.
Sendo ou não a filha de Pallin a culpada esta questão deveria ser motivo de preocupação para quem ganhar as eleições nos EUA.
sábado, 13 de setembro de 2008
google old news, google good ideas
Uma nova boa ideia da Google. Vai estar organizado e disponível para consulta o conteúdo dos jornais dos últimos 200 anos.
Ultrapassadas as questões relacionadas com direitos de autor e passados os engulhos da negociação dos lucros de publicação dos arquivos, teremos ao nosso dispor jornais antigos para podermos ler textos de jornalistas que já não escrevem, comparar o que foi dito em determinada altura sobre esta ou aquela questão. Também os investigadores terão o trabalho facilitado.
Quanto a mim, estou radiante. Gosto de ler jornais antigos, mas não gosto de os coleccionar. Os pedaços de jornal que resistem ao tempo, como os que vêm a embrulhar qualquer artigo de drogaria ou que serve para forrar a cesta das batatas, são irresistíveis para mim. Muitas vezes ou quase sempre, dou por mim, iluminada já pela solução que o tempo trouxe, a pensar como foi possível dizer-se isto ou aquilo.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Pequenos Consertos - Bleizão
Com a intervenção ficou pronto para dar mais umas voltinhas. Corte daqui, corte dali, o blazer azul-escuro é agora um blusão com fecho divisível (como me explicaram na capelista lá do bairro.) Uns acrescentos, umas costuras, uns pespontos e aí está ele o BLEIZÃO.
Parece-me que o trabalho ficou bom exceptuando uns detalhes que me estão a afligir. Como o tecido não era muito foi necessário aproveitar as pinças existentes, fazer uns acrescentos dos quais resultaram mais costuras do que é habitual. No final, o blusão tem tantos recortes visíveis como o casaquinho que Sara Palin a “futura vice-presidente dos EUA” usou para discursar na Convenção Republicana. Mas é mesmo só um detalhe.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Pequenos Consertos - A vida

Quando me iniciei na transformação, modificação, renovação, reciclagem de roupa usada, tiveram pena de mim e ofereceram-me uma máquina de costura. Assustei-me com tanta roldana e botão, mas graças ao livro de instruções tudo se resolveu.
Agora, como George Soros e os economistas mais pessimistas avisam que o pior da crise está para vir, começo a pensar «voltar a roupa do avesso» como se fazia antigamente. A propósito destas habilidades lembrei-me de uma crónica de Lobo Antunes. Não resisti e fui relê-la.
«Eu herdava-lhe as camisas de monograma, um F e um E cuidadosamente bordados, camisas adaptadas pela minha mãe ao meu tronco de rãzinha adolescente, F e E que, ao despir-me para a ginástica, no liceu, apareciam, de pernas para o ar, na fralda, nas costas, nos sovacos, devido às cirurgias de tesoura e agulha da autora da minha existência.
Às segundas e quintas-feiras uma assembleia de colegas rodeava-me no vestiário, fazendo apostas sobre a localização das letras….. E o tio Eloy tornou-se, sem o saber, o ídolo do 4º A.»
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Os exames foram fáceis...
Os exames foram concebidos por professores. Não sabia que eram adeptos do Governo.
Os exames foram corrigidos por professores. Não sabia que eram adeptos do Governo.
Para a comissão vão recrutar professores? Serão adeptos do Governo?
Todo este alarido parece escusado. Os professores sabem que se houve facilidade nos exames é porque há mais lugares do que meninos nas escolas.
Os professores sabem, também, que a facilidade nos exames só alguns a aproveitam; os mais dotados, os que passam sempre e os aflitinhos preguiçosos que não estudam, mas são bons rapazes e merecem passar.
Os professores sabem que o pior são os meninos a quem a escola não tem nada para dar. As saídas profissionais são pouco aliciantes comparadas com as alternativas. As matérias não têm admiradores. Dissecar uma rã não é nada para quem já viu as tripas do vizinho, no último festival de facada do bairro.
Nestas circunstâncias, aos professores que conseguem sobreviver e obter resultados não interessará, para já, a guerra dos resultados. Estes professores terão, certamente, muitas outras questões, bem como os pais e os alunos.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
O tempo e o filme de Proust

Contas feitas por alto, 7 horas frente ao computador, basta pouco mais de um mês para despachar o Proust. Certamente poder-se-á ouvir no Ipod, enquanto se está no trânsito ou se prepara o jantar. Também as pessoas que já não vêm bem terão a vida facilitada.
Para estes livros, publicados há quase cem anos, nada substituirá a leitura que fizermos devagar, saboreando cada página com prazer.
Comecei a ler Em Busca do Tempo Perdido já lá vão uns anos. Uma edição dos livros do Brasil, com a fama que toda a gente sabe, abriu-me o apetite para ler na língua original. Comprei uma edição de bolso em francês, mas os numerosos volumes começaram a incomodar-me quando encontrei numa livraria a edição da Gallimard com 2408 páginas todas seguidinhas, num papel maleável que permite uma boa leitura.
Terminei Du côté de chez Swann e comecei À l'ombre des jeunes filles en fleurs, mas é coisa para demorar mais uns anitos. Uma ou duas páginas lidas sem pressas nas noites frias de Inverno, assim como quem guarda o melhor doce para o fim.
sábado, 6 de setembro de 2008
Acabaram as férias.
Acabaram as férias. Na minha praia costumam ser boas. Não anda muita gente por lá e tudo é muito tranquilo. Compra-se o jornal, bebe-se um café, apanha-se sol e sobra o tempo para olhar o mar.
Quanto a leituras não há melhor do que as férias para as fazer. Ler de madrugada até que o sono chegue ou então na praia.
Foi tempo de ler os livros começados. Sandor Marai, A Mulher Certa, cuja leitura proporciona sempre o suave prazer de ler um livro bem escrito. De Jack London só tinha lido O Apelo da Selva, por isso, tive curiosidade de ler A Peste Escarlate, publicado na, muito útil, colecção do Diário de Notícias.
É para as férias que gosto de recambiar alguns livros. Desde os tempos em que me preparavam as refeições e não precisava de trabalhar que evito os livros com tantas páginas como As Benevolentes de Jonathan Littell. Todavia, as referências na imprensa e o prémio Goncourt convenceram-me a pô-lo no saco de viagem.
A temática da guerra foi ocupando cada vez menos espaço nas minhas horas de leitura. Em criança, fascinada pelo título do livro, lutei com as palavras de Harrison Salisbury para entender Um Americano em Hanoi. Na adolescência, o Dom Tranquilo foi lido com agrado, mas foi Morreram Pela Pátria, o outro livro de Mikail Cholokov, que me emocionou. O Diário de Anne Frank fez-me pensar na injustiça.
Littell numa linguagem talentosa, fria e corajosa abre uma janela para o outro lado. O lado que a ficção menos tem explorado.
Ainda assim, As Benevolentes levam-me a pensar nos que desejaram e nos que desejam uma sociedade perfeita. Uma sociedade sem energúmenos de todo o género e sem maçadores fora-da-lei. Uma colectividade de homens transgénicos que quase fazem lembrar a irmã e o cunhado de mr Hulot. Tentativa falhada para juntar a tantas outras.
Por acabar ficaram A Arte da Guerra de Maquiavel, Chipre limões Amargos de Lawrence Durrel, A Misteriosa Chama da Rainha Luana de Umberto Eco e os que eu ainda não li e coro de vergonha só de pensar. Por outro lado posso dizer – vêm aí as férias de Natal.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
mariadostrapos
A Penélope sobrava o tempo para tecer a teia interminável enquanto esperava Ulisses. Era assim in illo tempore.
Muitos tempos percorremos ao longo da vida.
O tempo das cerejas e o tempo da vindima.
O tempo em que a vida era boa e barata e o tempo de crise e vacas magras.
O tempo circular e o tempo linear das personagens literárias que guardamos na memória.
O tempo que corre veloz e nos escapa. O tempo do relógio cujos ponteiros nunca andam para trás.
O tempo presente que importa fruir num carpe diem horaciano.
O meu tempo, também ele, é gasto em pequenas coisas diárias, domésticas, sem a grandiosidade dos grandes feitos, mas com o sabor luxuoso do inútil. E, quem sabe, com a utilidade do fio que Ariadne emprestou a Teseu salvando-o da morte.